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Escândalo dos pastores-lobistas é mais um capítulo na série de crimes de Bolsonaro Escândalo dos pastores-lobistas no MEC traz evidência de que Bolsonaro conseguiu ampliar os tentáculos na PF e usa informações privilegiadas para livrar a pele de aliados e dele próprio. O mandatário amplia o rol de crimes pelos quais é suspeito FOCO DA CRISE MEC: gabinete paralelo com pastores-lobistas e escândalos no FNDE, controlado pelo Centrão (Crédito: Divulgação)
Ana Viriato e Marcos Strecker
01/07/22 - 09h30 No escândalo do MEC, a conversa que indica o acesso de Bolsonaro a informações sigilosas de inquéritos da PF ocorreu no último dia 9 entre Ribeiro e a filha dele. No telefonema, o ex-ministro diz que o presidente havia ligado mais cedo para externar um “pressentimento”. “Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa.” Naquele dia, Bolsonaro cumpria agenda nos EUA, na Cúpula das Américas. Não estava só. Sua comitiva incluía o titular da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que ascendeu ao cargo graças à proximidade com o clã Bolsonaro e tem a PF sob seu guarda-chuva. O ministro usou as redes para negar que tenha vazado detalhes da operação Acesso Pago. Um detalhe, porém, chama atenção. A chefia da pasta soube com antecedência das buscas, mas não da prisão de Ribeiro e dos pastores — ou seja, o nível de informações repassadas a Torres equivale ao “pressentimento” de Bolsonaro. Milton Ribeiro diz que não cometeu “qualquer crime”
Em nota, a defesa de Milton Ribeiro afirmou que o ex-ministro jamais cometeu qualquer crime e declarou que ele, assim como outros gestores, não tinha “poder para favorecer pessoas, cidades ou estados, porque há todo um procedimento formal que regula o andamento e avaliação dos benefícios”.
Os advogados Daniel Bialski e Bruno Borragine acrescentaram que aguardarão “o desfecho das investigações e sua condução, sem abusos ou arbitrariedades, esperando o seu arquivamento, que se dará pelo reconhecimento da inexistência de justa causa para guindar Ribeiro à condição de suspeito”.
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