segunda-feira, 31 de agosto de 2020

BUEMBA BUEMBA HD 31 08 2020

A FONTE DA INFORMAÇÃO PORTAL G1.COM :

Por Vanessa Martins, G1 GO

Vice-prefeito de Trindade

O nome político citado várias vezes nas peças do MP, no entanto, é o vice-prefeito de Trindade, Gleysson Cabriny. Irmão e outros parentes dele
 também aparecem no processo, todos como pessoas que seríam 
sócias de empresas que fizeram muitas transações com a Afipe.
Segundo os registros do MP, várias empresas investigadas funcionam no mesmo endereço em prédio de luxo de Goiânia e têm ainda o mesmo contador.
Por meio de nota, a defesa deles disse que "a família Cabriny realizou
 inúmeros negócios com a Afipe, todos lícitos, declarados e registrados". 
O comunicado destaca que "Gleysson não foi alvo de busca e apreensão, tampouco intimado para qualquer ato".

Entre as centenas de transações imobiliárias realizadas pela 
Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) nos últimos anos estão 
compras de imóveis de parentes de políticos de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) 
investiga essas e outras negociações milionárias para saber se 
houve desvio de dinheiro doado por fiéis à entidade por meio 
dessas compras e vendas.
Fundador da entidade, padre Robson de Oliveira sempre negou 
que tenha desviado dinheiro de fiéis doados à Afipe. Ele afirma
 que criou essa e outras associações com nomes similares a partir 
de 2004, conhecidas como Afipes, com o objetivo de proporcionar
 auxílio na vivência da fé e propagar a devoção ao Divino Pai Eterno.
O Grupo de Combate à Corrupção do Ministério Público do MP-GO
 esclarece que as negociações em geral com a Afipe não são
 necessariamente criminosas, mas que, sendo muitas e de 
valores altos, devem ser apuradas para ver se de fato não há
 nenhuma irregularidade.
"As Afipes fizeram mas de 1,2 mil

negociações imobiliárias. Não é o fato

[de comprar

ou vender um imóvel] que a torna suspeita,

mas chama a atenção os valores altos

e a quantidade", informou o MP.

A FONTE DA INFORMAÇÃO SITE PORTAL G1.COM :

Por Danielle Oliveira, G1 GO
Padre Robson Oliveira é suspeito de desviar dinheiro doado por fiéis — Foto: Reprodução/Instagram

padre Robson de Oliveira - suspeito de desviar R$ 120 milhões de doações de fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) - também é investigado por pagar servidores públicos com dinheiro da entidade para
 se livrar de informações constrangedoras sobre ele, segundo relatado
 pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) em processo
 enviado à Justiça.
"Pelo que se infere dos autos, Robson

supostamente se utilizou dos recursos

financeiros dessas entidades religiosas

para o pagamento de servidores públicos

- agentes de polícia, para que destruíssem

alguns arquivos contendo informações

comprometedoras a seu respeito",

consta no documento.
Sobre isso, a defesa do sacerdote disse que “não houve pagamento 
a nenhum servidor”. A defesa informou ainda que o padre Robson
foi vítima de extorsão de dinheiro e que os criminosos já foram 
condenados e estão presos. “Todo o material da extorsão foi 
considerado falso pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás”, 
disse.
A Polícia Civil do Estado de Goiás disse ao G1 que a atual gestão
 instaurou um procedimento na Corregedoria da Instituição para
 "apurar eventual transgressão disciplinar de policiais civis". 
A nota disse ainda que o procedimento é "sigiloso enquanto estiver em andamento, razão pela qual não serão prestadas maiores informações".
O documento não esclarece quais eram as "informações
 comprometedoras" a respeito do padre, no entanto, a defesa do
 religioso afirma que se refere ao caso da extorsão de R$ 2,9 milhões
amorosos do sacerdote.
Vídeo registra pagamento de dinheiro a hacker feito por uma pessoa de confiança do padre. Processo originou ação que apura desvio de dinheiro — Foto: Reprodução/TV Globo
Vídeo registra pagamento de dinheiro a hacker feito por uma pessoa de confiança do padre. Processo originou ação que apura desvio de dinheiro — Foto: Reprodução/TV Globo
A investigação da chantagem foi o que deu início à suspeita de 
lavagem de dinheiro da Afipe. A rede de desvio de doações envolve imobiliárias, empresas de comunicação, postos de combustíveis
 e até o vice-prefeito de Trindade Gleysson Cabriny de Almeida (PSDB), conforme denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).
Em nota, a defesa do vice-prefeito disse que ele realizou negócios
 com a associação, mas todos foram lícitos, declarados e registrados.
 A nota informa ainda que Cabriny não foi alvo de busca e apreensão, 
nem intimado para qualquer ato, mas está à disposição das autoridades.
A defesa do padre disse que todos os negócios da associação "são contabilizados e documentados". Robson sempre negou que tenha 
desviado dinheiro de fiéis doados à Afipe. Ele afirma que criou essa
 e outras entidades com nomes similares a partir de 2004, com o objetivo
 de proporcionar auxílio na vivência da fé e propagar a devoção 
ao Divino Pai Eterno.
O religioso era responsável pela administração do Santuário Basílica de Trindade, um dos maiores do Brasil, mas se afastou das funções temporariamente para colaborar com o MP-GO.
Processo investiga negociações de fazendas, avião e até casa de praia vendida para a Afipe  — Foto: Reprodução/Fantástico
Processo investiga negociações de fazendas, avião e até casa de praia vendida para a Afipe — Foto: Reprodução/Fantástico

Investigação de desvio de doações

Nas investigações, o MP-GO encontrou evidências de centenas
 de compras e vendas de imóveis em nome da Afipe em que a
 entidade parece ter sido prejudicada financeiramente. 
Tais situações implicaram nos seguintes crimes investigados:
  • Apropriação indébita
  • Lavagem de dinheiro
  • Falsificação de documentos
  • Sonegação fiscal
  • Associação criminosa
Também há nos relatos da investigação várias empresas cujos 
sócios eram quase sempre os mesmos, quase sempre usando
 o mesmo contador. As vendas dos imóveis e outras transações
Ao todo, os repasses para empresas de comunicação somam
 R$ 456 milhões. Esses pagamentos também são investigados,
 segundo os promotores, por não terem afinidade com o objetivo 
final da Afipe, que é proporcionar auxílio na vivência da fé e
 propagar a devoção ao Divino Pai Eterno.
Investigação suspeita que dinheiro que seria usado para a construção da nova Basílica de Trindade foi desviado — Foto: Reprodução/Fantástico
Investigação suspeita que dinheiro que seria usado para a construção da nova Basílica de Trindade foi desviado — Foto: Reprodução/Fantástico
investigada como possível “laranja” do irmão. Segundo
 o MP-GO, ela mora em um imóvel de luxo que
 pertence à Afipe e aparece nas apurações como
 participante de 24 operações imobiliárias. O G1 não 
conseguiu identificar quem é responsável pela defesa
 de Adrianne para pedir um posicionamento.
Outra mulher da confiança dele e que trabalhou por
 anos na Afipe também é apontada como “laranja”.
 Celestina Celis Bueno, de 59 anos, aparece nos 
autos da investigação como dona de pelo menos três
 emissoras de rádio, ex-proprietária de um avião e de
 uma casa luxuosa na praia, além de já ter recebido
 R$ 4 milhões. Advogada de Celestina, Cláudia Seixas
 disse que não irá se manifestar, em respeito às
 investigações.

Entenda o caso

5 pontos para entender as investigações sobre o Padre Robson
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