Caixa Forte: operação cumpre 623 ordens judiciais contra facção criminosa
Redação
A Operação Caixa Forte foi deflagrada na manhã
desta segunda-feira (31) com o objetivo de investigar o tráfico de
drogas e lavagens de dinheiro praticados por uma facção criminosa com
atuação em todo território nacional. Serão cumpridos 623 ordens
judiciais, sendo 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de
busca e apreensão em 19 estados e no Distrito Federal.
No Paraná, serão cumpridos 101 mandados de prisão e 72 mandados de
busca e apreensão nos municípios de: Almirante Tamandaré, Apucarana,
Araucária, Assis Chateaubriand, Bandeirantes, Campo Largo, Céu Azul,
Colombo, Curitiba, Foz do Iguaçu, Guaíra, Guarapuava, Londrina, Maringá,
Medianeira, Paranaguá, Paranavaí, Piraquara, São José dos Pinhais e
Toledo.
OPERAÇÃO CAIXA FORTE MIRA FACÇÃO CRIMINOSA
Segundo a PF (Polícia Federal), os dados obtidos na Operação Caixa
Forte – Fase 01 revelaram que os valores auferidos com o comércio
ilícito de drogas eram, em parte, canalizados para inúmeras outras
contas bancárias da facção, inclusive para as contas do “setor da
ajuda”, aquele responsável por recompensar membros da facção recolhidos
em presídios.
Foram identificados 210 integrantes do alto escalão da facção,
recolhidos em presídios federais, que recebiam valores mensais por terem
ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou executado missões
determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores
públicos.
Para garantir o recebimento do “auxílio”, os integrantes do grupo
indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os
valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e
supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal.
A atuação da PF na Operação Caixa Forte visa desarticular a
organização criminosa por meio de sua descapitalização, atuando em
conformidade com as diretrizes do órgão de enfrentamento à criminalidade
organizada por meio da abordagem patrimonial, além da prisão de
lideranças.
Os presos são investigados pelos crimes de participação em
organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de
dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 28 anos de prisão. A 2ª
Vata de Tóxicos de Belo Horizonte bloqueou R$ 252 milhões da facção.
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