segunda-feira, 31 de agosto de 2020

A FONTE DA INFORMAÇÃO SITE PORTAL G1.COM :

Por Danielle Oliveira, G1 GO
Padre Robson Oliveira é suspeito de desviar dinheiro doado por fiéis — Foto: Reprodução/Instagram

padre Robson de Oliveira - suspeito de desviar R$ 120 milhões de doações de fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) - também é investigado por pagar servidores públicos com dinheiro da entidade para
 se livrar de informações constrangedoras sobre ele, segundo relatado
 pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) em processo
 enviado à Justiça.
"Pelo que se infere dos autos, Robson

supostamente se utilizou dos recursos

financeiros dessas entidades religiosas

para o pagamento de servidores públicos

- agentes de polícia, para que destruíssem

alguns arquivos contendo informações

comprometedoras a seu respeito",

consta no documento.
Sobre isso, a defesa do sacerdote disse que “não houve pagamento 
a nenhum servidor”. A defesa informou ainda que o padre Robson
foi vítima de extorsão de dinheiro e que os criminosos já foram 
condenados e estão presos. “Todo o material da extorsão foi 
considerado falso pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás”, 
disse.
A Polícia Civil do Estado de Goiás disse ao G1 que a atual gestão
 instaurou um procedimento na Corregedoria da Instituição para
 "apurar eventual transgressão disciplinar de policiais civis". 
A nota disse ainda que o procedimento é "sigiloso enquanto estiver em andamento, razão pela qual não serão prestadas maiores informações".
O documento não esclarece quais eram as "informações
 comprometedoras" a respeito do padre, no entanto, a defesa do
 religioso afirma que se refere ao caso da extorsão de R$ 2,9 milhões
amorosos do sacerdote.
Vídeo registra pagamento de dinheiro a hacker feito por uma pessoa de confiança do padre. Processo originou ação que apura desvio de dinheiro — Foto: Reprodução/TV Globo
Vídeo registra pagamento de dinheiro a hacker feito por uma pessoa de confiança do padre. Processo originou ação que apura desvio de dinheiro — Foto: Reprodução/TV Globo
A investigação da chantagem foi o que deu início à suspeita de 
lavagem de dinheiro da Afipe. A rede de desvio de doações envolve imobiliárias, empresas de comunicação, postos de combustíveis
 e até o vice-prefeito de Trindade Gleysson Cabriny de Almeida (PSDB), conforme denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).
Em nota, a defesa do vice-prefeito disse que ele realizou negócios
 com a associação, mas todos foram lícitos, declarados e registrados.
 A nota informa ainda que Cabriny não foi alvo de busca e apreensão, 
nem intimado para qualquer ato, mas está à disposição das autoridades.
A defesa do padre disse que todos os negócios da associação "são contabilizados e documentados". Robson sempre negou que tenha 
desviado dinheiro de fiéis doados à Afipe. Ele afirma que criou essa
 e outras entidades com nomes similares a partir de 2004, com o objetivo
 de proporcionar auxílio na vivência da fé e propagar a devoção 
ao Divino Pai Eterno.
O religioso era responsável pela administração do Santuário Basílica de Trindade, um dos maiores do Brasil, mas se afastou das funções temporariamente para colaborar com o MP-GO.
Processo investiga negociações de fazendas, avião e até casa de praia vendida para a Afipe  — Foto: Reprodução/Fantástico
Processo investiga negociações de fazendas, avião e até casa de praia vendida para a Afipe — Foto: Reprodução/Fantástico

Investigação de desvio de doações

Nas investigações, o MP-GO encontrou evidências de centenas
 de compras e vendas de imóveis em nome da Afipe em que a
 entidade parece ter sido prejudicada financeiramente. 
Tais situações implicaram nos seguintes crimes investigados:
  • Apropriação indébita
  • Lavagem de dinheiro
  • Falsificação de documentos
  • Sonegação fiscal
  • Associação criminosa
Também há nos relatos da investigação várias empresas cujos 
sócios eram quase sempre os mesmos, quase sempre usando
 o mesmo contador. As vendas dos imóveis e outras transações
Ao todo, os repasses para empresas de comunicação somam
 R$ 456 milhões. Esses pagamentos também são investigados,
 segundo os promotores, por não terem afinidade com o objetivo 
final da Afipe, que é proporcionar auxílio na vivência da fé e
 propagar a devoção ao Divino Pai Eterno.
Investigação suspeita que dinheiro que seria usado para a construção da nova Basílica de Trindade foi desviado — Foto: Reprodução/Fantástico
Investigação suspeita que dinheiro que seria usado para a construção da nova Basílica de Trindade foi desviado — Foto: Reprodução/Fantástico
investigada como possível “laranja” do irmão. Segundo
 o MP-GO, ela mora em um imóvel de luxo que
 pertence à Afipe e aparece nas apurações como
 participante de 24 operações imobiliárias. O G1 não 
conseguiu identificar quem é responsável pela defesa
 de Adrianne para pedir um posicionamento.
Outra mulher da confiança dele e que trabalhou por
 anos na Afipe também é apontada como “laranja”.
 Celestina Celis Bueno, de 59 anos, aparece nos 
autos da investigação como dona de pelo menos três
 emissoras de rádio, ex-proprietária de um avião e de
 uma casa luxuosa na praia, além de já ter recebido
 R$ 4 milhões. Advogada de Celestina, Cláudia Seixas
 disse que não irá se manifestar, em respeito às
 investigações.

Entenda o caso

5 pontos para entender as investigações sobre o Padre Robson
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