domingo, 30 de agosto de 2020

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Por Vanessa Martins, G1 GO

Padre Robson Oliveira está afastado das atividades da Igreja — Foto: Reprodução/Instagram
Irmã do padre Robson de Oliveira - suspeito de desviar R$ 120 milhões
de doações de fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) -, 
Adrianne de Oliveira Pereira é investigada como possível “laranja” 
do irmão. Segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), 
ela mora em um imóvel de luxo que pertence à Afipe e aparece nas 
apurações como participante de 24 operações imobiliárias.
G1 não conseguiu identificar quem é responsável pela defesa de 
Adrianne para pedir um posicionamento sobre o caso até a publicação 
desta reportagem. A defesa do irmão dela - padre Robson - disse que 
não a representa e não soube informar quem atua na defesa dela.
Padre Robson sempre negou que tenha desviado dinheiro de fiéis 
doados à Afipe. Ele criou essa e outras entidades com nomes similares
 a partir de 2004, com o objetivo de proporcionar auxílio na vivência da fé e propagar a devoção ao Divino Pai Eterno.
O religioso era responsável pela administração do Santuário Basílica de Trindade, um dos maiores do Brasil, mas se afastou das funções temporariamente para colaborar com o MP-GO.
Padre Robson diz que nova Basílica de Trindade deve custar R$ 1,4 bilhão — Foto: Reprodução/Fantástico
Padre Robson diz que nova Basílica de Trindade deve custar R$ 1,4 bilhão — Foto: Reprodução/Fantástico
De acordo com o MP, Adrianne mora em uma casa no Condomínio
 do Lago, em Goiânia. O local fica na Rodovia dos Romeiros, 
que liga a capital a Trindade. Segundo o órgão, o imóvel está 
no nome da Afipe.
Ainda de acordo com as investigações, ela não teria condições
 financeiras suficientes para participar de compras e vendas de 24 imóveis,
 mas aparece como uma das partes nessas operações investigadas.
 Valores, endereços e outros detalhes desses imóveis
 não foram divulgados.

Investigações

Após padre Robson ser vítima de extorsão, em que criminosos 
amorosos do pároco, o Ministério Público começou a investigar
 suspeitas de desvios de dinheiro da Afipe. À época da extorsão, 
o sacerdote teria usado R$ 2 milhões da associação para pagar 
os autores da extorsão e evitar a divulgação do material.
Nas investigações, o MP-GO encontrou evidências de centenas 
de compras e vendas de imóveis em nome da Afipe em que a 
entidade parece ter sido prejudicada financeiramente.
Também há nos relatos da investigação várias empresas cujos 
sócios eram quase sempre os mesmos, quase sempre usando 
o mesmo contador. As vendas dos imóveis e outras transações financeiras aconteciam entre essas companhias e a Afipe.
MP deflagra operação da Afipe, em Trinadade e mira padre Robson — Foto: Montagem/G1
Ao todo, os repasses para empresas de comunicação somam 
R$ 456 milhões. Esses pagamentos também são investigados,
segundo os promotores, por não ter afinidade com o objetivo final
da Afipe, que é proporcionar auxílio na vivência da fé e propagar
a devoção ao Divino Pai Eterno.
Além da irmã do padre, uma mulher da confiança dele e que trabalhou
 por anos na Afipe, também é apontada como “laranja”. 
Celestina Celis Bueno, de 59 anos, aparece nos autos da
 investigação como dona de pelo menos três emissoras de rádio, 
ex-proprietária de um avião e de uma casa luxuosa na praia, 
além de já ter recebido R$ 4 milhões.
Advogada de Celestina, Cláudia Seixas disse que não irá se
manifestar, em respeito às investigações.
Veja outras notícias da região no G1 Goiás.

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