AUXÍLIO ELEITOREIRO
31/08/2022 - 18:38
Quem utiliza dinheiro vivo para escapar dos controles oficiais, como sabemos, são ladrões, políticos e empresários corruptos, sonegadores de impostos, traficantes de drogas e de armas, cafetões e afins. Estou dizendo que os Bolsonaros pertencem a este grupo? Não. Estou dizendo que, ao transacionarem assim, podem ser confundidos com criminosos.
Jair Bolsonaro, o amigão do Queiroz, que entupiu a conta da primeira-dama Michelle com 90 mil reais, ao ser perguntado a respeito disse: “qual o problema”? Bem, o problema, caro devoto da cloroquina, é o senhor, na condição de presidente da República, se ver misturado a Fernandinho Beira-mar e Marcola, não sem motivos, compreende, prezado “mito”?
O problema é o senhor e sua família, tão bem sucedidos no mundo imobiliário, há décadas empregados no serviço público, constituírem patrimônio muito acima do corriqueiro. Se tudo se desse dentro da normalidade, ou seja, através do sistema bancário, já seria incomum. Dando-se desta forma, então, em dinheiro vivo, chama ainda mais a atenção de todos.
A política brasileira é tão cafajeste e os eleitores brasileiros, tão medíocres, que nem se importam mais com questões assim. Um caso desses, em democracias desenvolvidas, seria um escândalo de proporções inimagináveis, mas por aqui, em Banânia, torna-se apenas uma disputa entre seitas, por qual ídolo rouba mais ou menos, e de que forma.