TESTEMUNHAS AFIRMAM QUE SEGURANÇA DE TARCÍSIO DE FREITAS MATOU HOMEM DESARMADO EM PARAISÓPOLIS
Relatos contrariam versão narrada
em boletim da polícia
e do candidato a governador de São Paulo.
QUATRO TESTEMUNHAS AFIRMAM que policiais à paisana que faziam a segurança do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio Gomes de Freitas, do Republicanos, mataram a tiros um homem desarmado em Paraisópolis, zona oeste de São Paulo, na semana passada. Elas estavam na rua em que o caso aconteceu, no último dia 17. Os relatos colhidos hoje pelo Intercept na comunidade desmentem a versão apresentada pelos policiais no boletim de ocorrência registrado na 89ª DP, no bairro vizinho do Campo Limpo. Os agentes afirmam que avistaram criminosos portando armas longas em motos logo após ouvirem uma rajada de tiros de metralhadora.
Tarcísio de Freitas chegou a afirmar que sua equipe e ele foram vítimas de um atentado. Depois negou o que disse, mas reiterou que a situação ocorrida era “um recado do crime”.
Agente da Abin mandou apagar imagens
O Intercept revelou ontem, 26 de outubro, que havia um agente licenciado da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, na comitiva de Tarcísio. Fabrício Cardoso de Paiva está licenciado para trabalhar na campanha do bolsonarista. Partiu dele a ordem para que um cinegrafista apagasse imagens do confronto entre os policiais à paisana e os suspeitos.
O áudio em que Paiva dá a ordem ao cinegrafista da TV Jovem Pan, que apoia o grupo político de Bolsonaro, foi tornado público em reportagem da Folha publicada na terça-feira, 25. Na gravação, é possível ouvir Paiva dizendo ao cinegrafista: “Você tem que apagar”.
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