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sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

A FONTE DA INFORMAÇÃO SITE REVISTA ISTOÉ :

 https://istoe.com.br/transicao-acelerada/

Brasília vive dias estranhos. O mandatário permanece confinado no Palácio do Alvorada, enquanto o presidente eleito é obrigado a preencher o vácuo político acelerando a formação de seu governo. Bolsonaro continua calado, à espera de uma sublevação militar que não virá. Ao mesmo tempo, Lula corre para evitar que cresçam as turbulências na economia, por causa da ausência de definição em seu projeto econômico. O petista também percebeu que cresciam os ruídos na área militar, cultivados pelo bolsonarismo. Por isso, já antecipou a definição nesse setor vital. Os últimos dias foram intensos na capital federal, para onde o futuro presidente se deslocou, com uma agenda intensa.

“HOMEM DE MISSÃO” Geraldo Alckmin voltou a ser cogitado para a Fazenda diante das resistências a Haddad (Crédito:Mateus Bonomi )

Lula já sabia que receberia o País em uma situação mais delicada do que a de 2003. Mas a herança maldita de Bolsonaro rende dores de cabeça ao petista antes mesmo da transmissão da faixa presidencial. Lula deparou-se com um vazio no centro do poder, que resulta da reclusão de Bolsonaro — ainda inconformado com a derrota — e de um apagão de dados em várias áreas. Não bastasse, enfrenta no Congresso um Centrão turbinado e com mais poder de barganha. Diante do campo minado, o petista tenta desarmar bombas e ampliar alianças para fortalecer sua gestão.

O Orçamento está no centro das preocupações. É consenso que Bolsonaro, no apagar das luzes, mandou uma peça de ficção ao Congresso. A lei orçamentária está cheia de armadilhas e não permite o funcionamento da máquina. A prioridade, sob a ótica petista, é aprovar a PEC da Transição, que pode abrir espaço para despesas, ao retirar da conta do teto de gastos R$ 175 bilhões do Bolsa Família e R$ 23 bilhões para investimentos. Depois de um mês travada, a medida entrou em tramitação nesta semana, quando Lula mandou protocolá-la no Senado para, então, estabelecer uma margem para negociação. Grão-petistas admitem, porém, que a PEC deve ficar “mais enxuta” no Congresso, que estuda reduzir o valor extra-teto para algo em torno de R$ 100 bilhões e diminuir o prazo de vigência do texto de quatro para um ou dois anos, a fim de evitar um “cheque em branco” a Lula. De qualquer forma, com mais espaço fiscal, o próximo governo ganhará fôlego.

CORPO A CORPO Lula se reúne com sindicalistas no CCBB, sede do governo de transição, na última quinta-feira, dia 1º (Crédito:FÁTIMA MEIRA)

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