quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Em Nada menos do que tudo , escrito pelos jornalistas Jailton de Carvalho e Guilherme Evelyn, Janot conta que estava almoçando em sua churrascaria favorita em Brasília quando recebeu um telefonema. Era a secretária da Vice-Presidência. Temer queria vê-lo no Palácio do Jaburu. Ao chegar ao Jaburu, Janot conta ter sido recebido por Temer e por Henrique Eduardo Alves e levado para uma varanda coberta do palácio. "Eu chamei o senhor aqui porque quero conversar não com o procurador-geral da República, mas com um brasileiro preocupado com o Brasil, com um patriota", teria dito Temer. Em seguida, sem meias palavras, Henrique Alves disse a Janot que ele não poderia investigar Cunha: "Cunha é um louco, pode reagir de forma imprevisível e colocar o Brasil em risco. Confiamos no senhor como brasileiro e como patriota para manter a estabilidade do país", disse Alves, na versão de Janot. Janot afirma ter se virado para Michel Temer e o questionado: "O senhor é do Direito, minha área, ele [Henrique Alves] não é. O senhor está entendendo a gravidade do que ele está propondo ao procurador-geral da República?", perguntou Janot.



JANOT AFIRMA QUE TEMER PEDIU QUE ELE NÃO INVESTIGASSE CUNHA

Livro de memórias será lançado em duas semanas
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot Foto: Jorge William/Agência O Globo/14-09-2017

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