Bolsonaro atrapalhou negociação para compra da Coronavac, diz Dimas Covas
Diretor do Butantan fala à CPI da Covid
Brasil poderia ter sido 1º a vacinar, diz
27.mai.2021 (quinta-feira) - 11h15
atualizado: 27.mai.2021 (quinta-feira) - 15h13
Diretor do Butantan fala à CPI da Covid
Brasil poderia ter sido 1º a vacinar, diz
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado nesta 5ª feira (27.mai.2021) que o presidente Jair Bolsonaro atrapalhou as negociações do acordo de fornecimento de vacinas contra a covid-19 para o Ministério da Saúde e também o desenvolvimento da Coronavac.
Em 21 de outubro, Bolsonaro disse que não compraria a “vacina chinesa” mesmo que ela fosse aprovada pela Anvisa. Segundo Covas, essa declaração pública mudou “a perspectiva do próprio ministério”. “Não houve mais progresso nessas tratativas até 7 de janeiro, quando o contrato foi de fato assinado”, disse. Segundo Covas, havia um documento em 19 de outubro em que o ministério se comprometia a incorporar a Coronavac ao Programa Nacional de Imunização.
O presidente disse também que não compraria a “vacina do Doria”, em referência ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu adversário político. O Butantan é vinculado ao governo paulista.
Em depoimento à CPI na última semana, Eduardo Pazuello disse que as declarações de Bolsonaro contra a Coronavac não atrapalharam nas negociações com o Butantan.
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