Fachada da CanSino e Ricardo Barros (Foto: Reuters | Cleia Viana/Câmara dos Deputados) 247 - O deputado federal Rogério Correia (PT) denunciou nas redes sociais, neste domingo, 27, denunciou que o governo Jair Bolsonaro pode estar envolvido em outro esquema de corrupção envolvendo compras de vacinas, além da vacina indiana Covaxin. “A vacina agora é a chinesa CanSino e a empresa intermediária é BelCher Farmacêutica Brasil, com sede em Maringá, terra de Ricardo Barros. Um dos sócios é Daniel Moleirinho, cujo pai é parceiro político do líder de Bolsonaro”, informou o deputado. Ex-ministro de Michel Temer (conselheiro político de Bolsonaro), Ricardo Barros é líder do governo na Câmara dos Deputados. Ele foi acusado pelo ex-governista deputado Luis Miranda (DEM) de ser comandante do esquema de compra superfaturada da Covaxin , do qual Bolsonaro sabia e não fez nada - e por isso prevaricou . O contrato do Ministério da Saúde, lotado de políticos do “Centrão” em áreas estratégicas para aquisição de vacinas , tem intenção de compra de 60 milhões de doses da vacina CanSino.
Segundo a CNN , o governo federal iria pagar 17 dólares por dose - quer dizer, R$ 5,2 bilhões por 60 milhões de doses. O valor mais alto de todas as vacinas compradas pelo governo, incluindo a superfaturada Covaxin, 15 dólares.
“O detalhe da operação é que o acordo de intenção de compra, assinado pelo secretário em Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, se deu com a empresa Belcher Farmacêutica do Brasil, que representa a CanSino”, informa a Fórum .
Bolsonaristas fazem negócios
O editor da Fórum, Renato Rovai, denuncia que “o paranaense Emanuel Catori é o diretor presidente da Belcher Farmacêutica do Brasil, de Maringá. Ele junto com os empresários bolsonaristas Luciano Hang, das lojas Havan, e Carlos Wizard, liderou um movimento para que empresas privadas conseguissem permissão para comprar e distribuir imunizantes, criando o ‘camarote das vacinas’. Em março deste ano ele esteve em Brasília para uma conversa com o governo federal acerca deste tema”.
“A Belcher pertence a Emanuel Ramalho Catori e também a Daniel Moleirinho Feio Ribeiro, filho de Francisco Feio Ribeiro Filho, ligado a Ricardo Barros. Chiquinho Ribeiro, como é conhecido em Maringá, foi presidente da Urbamar na gestão de Barros como prefeito de 1989 a 1992, e conselheiro da Sanepar no curto governo de Cida Borghetti, esposa de Barros”, continua.
O tal Chiquinho Ribeiro é aliado próximo de Ricardo Barros. O empresário foi presidente da Urbamar, empresa de urbanização de Maringá, quando Barros foi prefeito da cidade. “Na declaração de Imposto de Renda de Barros para o exercício 2002 aparece o nome de Francisco Feio Ribeiro Filho na seção ‘pagamentos e doações efetuados’, e o valor de R$ 16 mil, algo que hoje seria em torno de R$ 50 mil, pela correção IPCA”, informou o jornalista Hugo Souza no Facebook .
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