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O deputado federal Luiz Miranda (DEM/DF) deu a entender que gravou a conversa com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em que apresentou evidências de irregularidades na compra da vacina Covaxin. Em entrevista ao site Antagonista, Miranda foi questionado se “gravou o presidente” na reunião em que denunciou suspeitas de corrupção na compra do imunizante.
“Tinha duas pessoas na sala. Três, com ele. Eu, como parlamentar, não gravaria… Mas vamos mudar esse assunto, por favor”, afirmou o parlamentar. Após insistência do repórter, ele prosseguiu: “Eu só quero que ele não continue mentindo. Só isso”, afirmou. "Se precisar a gente prova". “Ele pode inventar o que for, mas ele sabia, falou que ia mandar para o DG (Delegado-Geral) da Polícia Federal… Ele só fala a verdade, porra, segue a vida”, completou, ironizando a postura do presidente.
Miranda também foi perguntado se tem como provar o que ocorreu na conversa com o presidente, caso Bolsonaro o desminta. "Aí ele vai ter uma surpresa mágica. se ele fizer isso eu vou ter que fazer algo que nunca um parlamentar deve fazer com um presidente. Mas aí ele vai ficar constrangido. Muito. Eu tenho como comprovar", assegurou.
Questionado pelo repórter se tem "como provar que o presidente Bolsonaro disse o que o senhor afirmou que ele disse em relação a Ricardo Barros?", Miranda garantiu: "Escutou tudo o que eu falei para ele. Então é melhor ele não fazer isso, desnecessário. É uma loucura isso, se ele fizer isso esquece 2022. Porque vai ter um Brasil inteiro descobrindo que ele mentiu.
O deputado Luis Miranda disse à CPI da Covid no Senado que a pessoa de quem o presidente Jair Bolsonaro suspeitou quando soube das acusações de irregularidades na contratação da vacina indiana Covaxin é o líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP). “Foi o Ricardo Barros que o presidente falou. Eu não me sinto pressionado para falar, eu queria ter dito desde o primeiro momento, mas vocês não sabem o que eu vou passar”, disse depois de ser questionado duramente por Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MDB-MS).
O líder do Governo na Câmara, respondeu em seu Twitter que não participou de nenhuma negociação em relação à compra das vacinas indianas.
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