PROTESTO
Alunos de cursos técnicos
se recusam a assistir
aulas pela TV
Estudantes estão insatisfeitos com
o formato dos cursos técnicos do Colégio Cerávolo,
em Apucarana, e estão cabulando as aulas
Estudantes do ensino médio do Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo, em Apucarana, no norte do Paraná, se recusam a assistir as aulas dos cursos profissionalizantes, em protesto contra o formato de ensino que consiste na transmissão das aulas pela televisão. A atitude dos alunos recebe apoio dos pais, que travaram uma batalha para que os cursos sejam ministrados por professores dentro das salas de aula, acompanhando de perto o desenvolvimento de seus filhos.
As aulas são ministradas a distância - por uma faculdade contratada pelo Governo do Estado - aos alunos do ensino médio nas disciplinas que compõem o chamado itinerário profissionalizante. O modelo tem gerado muita insatisfação entre estudantes e pais que criaram o grupo 'Pais Unidos Pela Educação', para cobrar mudanças.
“O grupo surgiu de uma necessidade dos pais que foram induzidos ao erro pelo Governo do Estado que ofertou cursos técnicos atrelados ao segundo grau. Só que quando nós recebemos essa informação, achávamos que seria com professor em sala de aula. Tivemos a ingrata informação de que o governo colocou uma televisão em sala de aula e que o curso técnico seria pela televisão”, disse Eduardo Augusto Vargas, pai de aluno matriculado no segundo grau do Colégio Cerávolo e que também cursa o ensino técnico.
De acordo com Vargas, todas as solicitações feitas pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) foram atendidas, como a comprovação do número de professores qualificados a assumires as aulas e estrutura física da escola. Enquanto a situação não muda, Eduardo conta que os alunos estão fazendo uma espécie de greve, deixando de assistir as aulas do curso técnico.
“Quando começa o curso técnico os alunos se retiram da sala em demonstração da insatisfação que eles sentem com esse curso de péssima qualidade. E nosso pedido é só uma coisa, professor na sala de aula, porque televisão não consegue formar um técnico. Nosso pedido é que o governador coloque a mão na consciência e coloque professor na sala de aula”, disse.
O diretor auxiliar do Cerávolo, Fernando Pinheiro, disse que não há previsão para que a exigência seja atendida. “A Seed ouviu esses anseios e solicitou alguns dados para analisar a possibilidade. Estamos aguardando para que sejam liberadas essas aulas 100% presenciais”, comentou.
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