Carlos Bolsonaro
tem sigilos
fiscal e bancário
quebrados pela Justiça
em apuração
sobre funcionários
'fantasmas' na Câmara
do Rio
MPRJ apura se há um esquema de 'rachadinha' no gabinete do vereador.
Outras 26 pessoas e 7 empresas suspeitas também tiveram
os sigilos quebrados. Em nota,
vereador afirmou que está 'à disposição para prestar
qualquer tipo de esclarecimento as autoridades'.
Por Marcelo Gomes e Ricardo Abreu, GloboNews
Possibilidade de 'rachadinha'
A investigação foi aberta em julho de 2019. E agora, pela primeira vez, os promotores falam na possibilidade da prática de "rachadinha"
no gabinete de Carlos Bolsonaro.
O MPRJ pediu a quebra dos sigilos para saber se a contratação desses funcionários fantasmas foi ou não
um instrumento utilizado pelo vereador para desviar salários.
Promotores lembram Flávio Bolsonaro
No pedido de quebra contra Carlos, os promotores relembraram
que o modus operandi da "rachadinha" também foi
detectado no gabinete do então deputado estadual do RJ Flávio Bolsonaro, o irmão mais velho.
A prática, segundo os promotores, está associada a saques de dinheiro em espécie das contas dos assessores "fantasmas", e que são entregues a funcionários de confiança do gabinete responsáveis pela arrecadação.
O dinheiro vivo é, então, usado para pagar despesas ou adquirir bens para o parlamentar.
'Grandes quantias de dinheiro'
Mesmo sem acesso aos extratos bancários —
o que foi concedido pela Justiça agora —, o MPRJ identificou que Carlos Bolsonaro
manteve e utilizou grandes quantias de dinheiro vivo ao longo dos mandatos como vereador no Rio.
E destacou pelo menos três episódios:
- Em 2003, Carlos pagou R$ 150 mil em espécie na compra de um apartamento na Tijuca, na Zona Norte do Rio;
- Em 2009, o vereador entregou R$ 15,5 mil, também em espécie,
- para cobrir um prejuízo que teve na Bolsa de Valores;
- E, no ano passado, durante a candidatura para reeleição ao cargo de vereador, Carlos declarou ao Tribunal Superior Eleitoral ter R$ 20 mil em espécie guardados em casa.
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