quinta-feira, 27 de junho de 2019

Polícia desmonta esquema de ‘turismo de caça’ no Paraná Estouro de um esquema de turismo de caça na zona rural de São José dos Pinhais terminou com a prisão de dois homens nessa quinta estouro de um esquema de turismo de caça que ocorria em uma zona rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, terminou com a prisão de dois homens na manhã nesta quinta-feira (27). + Fique esperto! Perdeu as últimas notícias sobre segurança, esportes, celebridades e o resumo das novelas? Clique agora e se atualize com a Tribuna do Paraná! Desde as primeiras horas do dia, a Polícia Civil cumpriu oito mandados de busca e apreensão dentro de uma propriedade na Colônia Castelhanos, área de mata atlântica quase na divisa com Guaratuba. Além do incentivo à caça proibida, os presos são suspeitos de outros crimes, como uso de motosserras para desmatar áreas de plantio de banana, extração de madeira nativa para fabricar móveis, extração e venda de palmito nativo e porte ilegal de arma de fogo. O delegado responsável pela investigação, Matheus Araújo Laiola, disse que o local acolhia turistas de cidades próximas, incluindo Joinville, em Santa Catarina, que recebiam toda a infraestrutura para praticar a caça ilegal. “Desde roupas apropriadas, equipamentos como lanternas e apitos e até as armas. Na propriedade funcionava um tipo de pousada de alvenaria e, também, com barracas. Inclusive, cães perdigueiros sofriam maus-tratos, com pouca alimentação, para depois perseguir a caça”, revelou o delegado. Os homens eram moradores da propriedade. Um deles foi autuado em flagrante por estar comercializando palmito sem autorização legal e, o outro, por guardar as munições e os apetrechos para receber os turistas. Entre os animais que entravam na mira dos caçadores estavam pacas, cateto (um tipo de porco do mato), antas, tatu e pássaros (por isso os apitos). + Após saber de assalto contra o filho, sargento prende um suspeito e manda outro pro hospital Segundo Laiola, uma denúncia anônima levou a polícia a investigar o caso. “Já sabíamos o que poderíamos encontrar. Por seu uma localidade de difícil acesso, é possível que os suspeitos praticassem esses crimes há muitos anos. Ainda estamos levantando se há outros envolvidos, qual seria a arrecadação, como os turistas ficavam sabendo da existência de tais atividades”. Conforme revelou a Polícia Civil, seguindo de carro, a propriedade fica a cerca de 50 minutos do centro de São José dos Pinhais, sendo que meia hora do caminho é por estradas rurais. Próximo do local, só se chega a pé. “Tivemos que solicitar o apoio do Tigre [Tático Integrado de Grupos de Repressões Especiais] para cruzar pelo meio de alagados, pontes móveis e outros obstáculos”, disse o delegado. O delegado explicou que as investigações prosseguem. Embora os suspeitos não tenham sido apresentados pela Polícia Civil, eles seguirão detidos e à disposição da Justiça.

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