domingo, 30 de junho de 2019

Procuradores da operação Lava Jato desconfiaram As mensagens obtidas pelo The Intercept Brasil revelam que os relatos apresentados pela empreiteira sofreram diversas mudanças no período de um ano. “Acho que tem que prender o Leo Pinheiro. Eles falam pouco. Quer dizer, acho que tem que deixar o TRF prender. Me parece que não esta valendo a pena”, afirmou Januário Paludo, integrante da força-tarefa de Curitiba. Embora apontassem omissões nos relatos entregues pelos advogados da OAS, os procuradores achavam que conseguiriam mais informações ao entrevistar os executivos da empresa. “Pessoal os anexos que a OAS entregou hoje são muito semelhantes àqueles que a carol enviou antes aqui. Só há alguns anexos novos”, comentou outro integrante da força-tarefa da Lava Jato Jerusa Viecilli. Mesmo insatisfeitos, em agosto os procuradores aceitaram assinar um termo de confidencialidade para fazer as negociações avançarem. Um dia depois da assinatura, reportagem de VEJA revelou que a delação da empreiteira citava também o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. do empreiteiro, que incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso que o levou à prisão, durante quase todo o tempo em que se dispôs a colaborar com as investigações. De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, com base em mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil, Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS Engenharia, só ganhou crédito após mudar a narrativa sobre o tríplex do Guarujá, em São Paulo. O empreiteiro apresentou a versão que incriminou Lula em abril de 2017 quase um ano após o início das investigações. Pinheiro condenou o petista ao afirmar que a OAS reformou o tríplex do Guarujá. Em 2016, o ex-presidente da OAS foi condenado na Lava Jato e recorria em liberdade, mas temia ser preso caso o Tribunal Regional Federal da 4ª Região rejeitasse sua apelação.

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