quinta-feira, 29 de outubro de 2020

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Vereador é alvo em operação que investiga venda de cirurgias bariátricas do SUS

Redação.





Um vereador de Carlópolis, na região norte do Paraná, é alvo de um mandado de prisão temporária na operação que investiga a venda de cirurgias bariátricas do SUS (Sistema Único de Saúde), na manhã desta quinta-feira (29). No total, sete mandados judiciais devem ser cumpridos pela PCPR (Polícia Civil do Paraná).

Segundo as investigações, o vereador teria falsificado guias do SUS, possibilitando encaminhamentos de pacientes, principalmente do Estado de São Paulo, para fazerem cirurgias bariátricas pelo SUS em um hospital da Região Metropolitana de Curitiba. Conforme à polícia, ele atuava juntamente com os médicos que assinavam essas guias.

ORGANIZAÇÃO LUCROU MAIS DE R$ 10 MILHÕES COM A VENDA DE CIRURGIAS BARIÁTRICAS REALIZADAS NO SUS

Essa é a segunda fase da operação que investiga uma organização criminosa que teria lucrado mais de R$ 10 milhões com a venda de cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS, em um hospital da Região Metropolitana de Curitiba.

Os policiais devem cumprir dois mandados de prisão temporária, sendo um dos alvos um vereador e candidato a reeleição da cidade de Carlópolis, e cinco mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais estão sendo cumpridas nos munícipios:

  • Carlópolis;
  • Santo Antônio da Platina;
  • Jacarezinho;
  • Todos municípios do Norte Pioneiro do Estado;
  • Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba;

A organização criminosa é investigada pelos crimes de extorsão, falsidade ideológica, uso de documento falso, concussão e organização criminosa. O nome do parlamentar não foi divulgado pela PCPR.

GRUPO CRIMINOSO ENTRAVA EM CONTATO COM PACIENTES PELAS REDES SOCIAIS

O grupo criminoso, por meio de redes sociais ou indicações, entrava em contato com pessoas de vários estados brasileiros (a maioria de SP e SC), interessadas em realizar cirurgia bariátrica. Os pacientes, muitas vezes, estavam aguardando há anos na fila para serem operados pelo SUS, e acabavam aceitando pagar até R$ 3 mil em cirurgias que deveriam ser gratuitas.

As investigações ainda apontam que o grupo criminoso conseguiria receber em duplicidade os valores pagos pelo SUS ao hospital pelas cirurgias bariátricas.

PRIMEIRA FASE DA OPERAÇÃO METAMORFOSE

A primeira fase da  Operação Metamorfose foi deflagrada no dia 6 de outubro, quando 16 integrantes da organização criminosa foram presos. Entre os presos, estão um funcionário público estadual, lotado na 2ª Regional de Saúde, no Paraná, um vereador do interior do estado de São Paulo, médicos, técnicos de enfermagem, proprietários de pousadas e pessoas que atuavam na captação dos futuros pacientes.

No dia, o Hospital Angelina Caron, apontado pelas investigações como o local onde as cirurgias bariátricas aconteciam afirmou que não realiza qualquer tipo de cobrança de paciente para os procedimentos feitos pelo SUS e nem se beneficia direta ou indiretamente de qualquer esquema fraudulento.

Além disso, a administração revelou que fez registrou dois boletins de ocorrência na Delegacia de Polícia de Campina Grande do Sul, em maio de 2019 e em janeiro de 2020, sobre denúncias recebidas acerca de cobrança e privilégio de atendimento em caso de paciente candidato a cirurgia bariátrica.

Também na época, a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) abriu um procedimento interno para apurar possíveis ilegalidades. Os pacientes que foram vítimas do esquema devem entrar em contato com a PCPR, por meio do endereço de e-mail decrisa@pc.pr.gov.br.



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