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Casamento fisiológico Com Ciro Nogueira na Casa Civil, Bolsonaro quer barrar o impeachment, conter a CPI da Covid e garantir a sua reeleição. Vai apenas fortalecer o Centrão, grupo que deseja controlar a economia e o Orçamento, podendo abandonar o mandatário em 2022 CELEBRAÇÃO Ciro Nogueira e Jair Bolsonaro na inauguração de ponte sobre o Rio Parnaíba (PI): união conveniente para os dois (Crédito: Isac Nóbrega)
Marcos Strecker, Germano Oliveira e Ricardo Chapola
30/07/21 - 09h30 No xadrez, o sacrifício da rainha é um movimento arriscado. Quando o jogador deseja ousar para obter uma vantagem futura, ele abre mão da dama, a peça de maior valor. Bolsonaro não entende nada do jogo, mas acaba de praticar essa manobra. Antes de sofrer um xeque-mate, cedeu o posto mais estratégico do governo, a Casa Civil, ao líder do Centrão, Ciro Nogueira. Ao entregar a “alma do governo”, como ele mesmo disse, quis afastar o risco de perder o cargo, que cresce com as revelações da CPI da Covid, e pavimentar o caminho para a reeleição, cada vez mais improvável. Já o Centrão saiu em larga vantagem. Desde que foi criado, na época da Constituinte, o grupo fisiológico nunca teve tanto poder. Presidente do PP, Ciro Nogueira chegou ao ápice de sua carreira e fará a articulação política do governo com o Congresso, além de ter controle sobre os ministérios. Decidirá, por exemplo, sobre todas as nomeações, incluindo estatais. Estará em posição privilegiada para mandar no Orçamento e na própria política econômica.
EM BAIXA O general Luiz Eduardo Ramos perdeu a cadeira e Paulo Guedes cedeu a pasta do Trabalho (Crédito:Adriano Machado)“Chegamos ao fundo do poço e continuamos cavando. É o caos. Não tem como dar certo” Alvaro Dias, líder do Podemos
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