Novas denúncias de abandono e descaso com povo yanomami por parte do governo federal repassadas nesta quinta-feira (30) pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, mostram que a situação de calamidade desta população originária, sobretudo de condições de saúde e alimentação, permanece.
Imagens trazem crianças em situação de desnutrição grave. Uma menina de cinco anos, pesando apenas 8,6Kg, quando o normal nesta faixa etária seria no mínimo 18kg, está em uma das fotos, ao que parece recebendo atendimento de profissionais de saúde numa unidade em estado de completo abandono.
“Enquanto o mundo se prepara para receber o ano de 2022, o meu povo Yanomami segue lutando para sobreviver contra malária e desnutrição”, disse o representante indígena da etnia. De acordo com Hekurari, a mãe da menina o procurou, vinda da aldeia Wathóu, porque não conseguia atendimento médico para a criança, que além de desnutrida sofre com uma forma agressiva de malária, a falciparum, altamente letal, provocada por um protozoário parasita.
A menina finalmente recebeu atendimento médico num posto que fica na região fronteiriça de Surucucu após sua avó recorrer aos garimpeiros ilegais da área, que colaboraram para solucionar o sofrimento da família indígena.
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