Gilmar suspende
investigações de operação
que apura supostos
desvios no Sistema S.
Informação foi divulgada pela 'Folha de S.Paulo' e confirmada pela TV Globo.
Operação E$quema S é baseada em delação de ex-presidente
da Fecomércio e tem advogados de políticos como alvos.
Por Fernanda Vivas, Márcio Falcão e Marcos Losekann, TV Globo — Brasília
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu as investigações realizadas no âmbito da Operação E$quema S, realizada no dia 9 de setembro, que apura supostos desvios no Sistema S.
A informação foi divulgada neste sábado (3) em edição online do jornal "Folha de S. Paulo" e confirmada pela TV Globo.
Na decisão, o ministro suspendeu medidas como ação penal sobre o caso, buscas e apreensões em escritórios de advogados e medidas cautelares
contra eles – como quebra de sigilos. A decisão atende a pedido de cinco representações da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
"Os autos desta reclamação demonstram que há verossimilhança nas alegações do reclamante de investigação de autoridades com foro por prerrogativa de função sem autorização do STF e perante autoridade
judiciária incompetente, o que poderia constituir eventual causa de
nulidade
das provas e do processo", afirmou o ministro.
Mendes determinou ainda que a 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro
(RJ) não realize nenhum ato de investigação sobre fatos direta
ou indiretamente relacionados ao caso, sob pena de nulidade.
A operação – um desdobramento da Lava Jato – teve como alvos advogados suspeitos de envolvimento em um esquema de tráfico de influência que, segundo o Ministério Público Federal, desviou R$ 151 milhões do Sistema S — que engloba Fecomércio, Sesc e Senac. E tem como base informações do acordo de delação premiada do ex-presidente destas instituições,
Orlando Diniz.
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