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domingo, 31 de maio de 2020

A FONTE DA INFORMAÇÃO É DA REVISTA ÉPOCA :

Laudo da perícia pode causar reviravolta na investigação da morte de modelo em SP

Segundo a versão do namorado, Priscila Delgado teria cometido suicídio, mas peritos apontam incongruências


Depois do início do namoro com delegado, Priscila Delgado também começou usar armas Foto: Reprodução
Depois do início do namoro com delegado, Priscila Delgado também começou usar armas Foto: Reprodução 

Novas evidências podem causar uma reviravolta no caso da morte da modelo Priscila Delgado, de 27 anos, que mantinha um relacionamento com o delegado Paulo Bilynskyj, de 33 anos. Priscila morreu na manhã do dia 20 de maio em São Bernardo do Campo. A história contada pelo delegado duas horas após a morte, gravada em um vídeo quando ele estava dentro de uma UTI, sustenta o seguinte: “Priscila, minha namorada, viu [no meu celular] uma mensagem [enviada] antes de ela ir morar na minha casa. Hoje de manhã, quando eu saí do banho, ela deu seis tiros em mim e um tiro nela mesma. Estou em estado grave e vou passar por uma cirurgia”. Contudo o laudo da perícia feita no apartamento concluiu que a bala que matou a modelo não partiu da arma que estava perto do seu corpo, segundo fontes ligadas à investigação ouvidas por ÉPOCA. Ao analisar o trajeto do projétil, os peritos também concluíram que a versão sobre o suicídio da modelo é pouco factível.
As revelações preliminares da perícia levaram os investigadores de volta à cena do crime na sexta-feira passada. Eles fotografaram o apartamento, colheram provas materiais e registros de digitais para saber se o corpo da modelo foi arrastado pelo apartamento depois de atingida. Agora, a tese de que Priscila alvejou Bilynskyj e, no meio do tiroteio, o delegado deu um tiro certeiro no peito da modelo é a mais próxima para elucidar o caso. O que a polícia tenta descobrir é de qual arma partiu o tiro que matou Priscila.
Pelas fotos feitas pela perícia, é possível atestar que a pistola Glock 9 milímetros encontrada ao lado do corpo de Priscila não poderia ter sido usada por ela para se matar. Isso porque o carregador com capacidade para 15 tiros havia sido arrancado da arma. “A Priscila não teria como se matar com essa arma e após o ato ainda retirar o carregador. A troco do que ela faria isso?”, questiona o advogado da família da modelo, José Roberto Rosa.
É um mistério tanto para os investigadores quanto para a defesa de Bilynskyj o motivo pelo qual ele sustentou pouco antes de perder a consciência que a modelo se matou. “Se ele admitir que a modelo tentou matá-lo com esses seis tiros e ele acabou executando-a para escapar da morte, não pegaria nada porque estaria caracterizado legítima defesa”, comentou um delegado que investiga o caso.


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