Relatora da CPI das Fake
News diz que operação
da PF comprova linha de investigação da comissão
Para deputada Lídice da Mata, ações da polícia 'reafirmam a existência
de uma rede voltada à disseminação de notícias falsas'.
Por Luiz Felipe Barbiéri, G1 — Brasília
A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI)
das Fake News, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), afirmou em
nota divulgada nesta quarta-feira (27) que a operação da Polícia Federal, deflagrada nesta manhã para apurar suspeitas de disseminação
de notícias falsas, comprova a linha de investigação da comissão.
A Polícia Federal realizou buscas e apreensões no âmbito do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura produção de informações falsas e ameaças à Corte.
Ao todo, a operação teve 29 mandados de busca e apreensão. As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
A lista de alvos de mandados de busca e apreensão inclui nomes como
o ex-deputado federal Roberto Jefferson; o empresário Luciano Hang,
dono da Havan; e os blogueiros Allan dos Santos e Winston Lima.
“A Operação de hoje, realizada pela Polícia Federal, com base em
despachos de busca e apreensão de inquérito do STF, converge e
comprova a linha de investigação da CPMI das Fake News no Congresso Nacional”, afirmou a relatora.
Segundo Lídice, as operações de busca e apreensão realizadas nesta
quarta reafirmam a existência de uma rede voltada à disseminação de
notícias falsas, financiada por empresários e integrada por políticos e
agentes públicos, de acordo com a deputada.
“Teremos agora importantes novos
elementos que nos ajudarão a desmontar
essa rede de ódio, inverdades e impunidade
que vem ameaçando o própria existência da
democracia e dominando a política nacional
desde as eleições presidenciais de 2018”,
escreveu.
A CPMI das Fake News é formada por 15 deputados e 15 senadores.
O grupo tem como finalidade a investigação de ataques cibernéticos que atentem contra a democracia e o debate público.
Deputados e senadores também analisam a utilização de perfis falsos
para influenciar resultado das eleições de 2018, a prática
de cyberbullying e o aliciamento de crianças para o cometimento
de crimes de ódio e suicídio.
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