Silvinho Pereira, ex-secretário geral do PT, é condenado na Lava Jato a 4 anos de prisão
Angelo Sfair
O ex-secretário geral do PT, Silvio Pereira, foi condenado por corrupção passiva em uma ação penal relacionada à Operação Lava Jato. A JFPR (Justiça Federal do Paraná) determinou uma pena de quatro anos e cinco meses de prisão. Silvinho, como é conhecido, poderá cumprir a punição em regime semiaberto. Ela já havia sido responsabilidade no Escândalo do Mensalão.
O petista foi acusado pela força-tarefa Lava Jato no Paraná por receber uma Land Rover Defender 90
como propina da empreiteira GDK. Em contrapartida, a empresa foi
beneficiada em uma licitação da Petrobras para obras na unidade de
tratamento de gás de Cacimbas, no Espírito Santo.
Nesta ação penal, o juiz federal Luiz Antonio Bonat, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, também condenou o ex-diretor da Petrobras Renato Duque (três anos 11 meses de prisão em regime aberto), e o administrador da GDK César Roberto Santos de Oliveira (quatro anos e cinco meses em regime semiaberto).
O administrador da GDK José Paulo Santos Reis e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro foram absolvidos.
Na sentença do processo envolvendo Silvinho Pereira,
Bonat destacou “o enorme potencial danoso das condutas [dos réus
condenados], que visavam assegurar a contratação menos vantajosa para a
Petrobras, por preço substancialmente mais elevado, com diferença entre a
primeira e a segunda propostas de R$ 30.895.213,95.”
Por meio da assessoria de imprensa do MPF no Paraná, o procurador Felipe D’Elia Camargo, membro da força-tarefa Lava Jato,
disse que a Justiça Federal reconhece novamente o pagamento de propinas
por empresários em troca de favorecimentos em contratos da Petrobras.
“No caso, ainda foi reconhecido o
pagamento de propina a pessoa ligada a partido político, o que revela
mais uma vez uma disfunção no sistema político-partidário que precisa
ser objeto de atenção, pois contribuiu de forma decisiva para um esquema
que causou prejuízos bilionários à Petrobras”, afirmou.
Silvinho Pereira ainda pode recorrer da decisão.
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