‘É uma situação de guerra’, diz diretor-geral do Hospital do Trabalhador sobre leitos Covid.
Para tentar melhorar o atendimento dos mais de 200 pacientes diagnosticados com Covid-19 que estavam à espera de um leito de UTI até o último fim de semana, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) editou uma norma para flexibilizar o número de médicos e leitos de internação em enfermarias e UTI, neste último domingo, 28 de fevereiro.
“Com isso, conseguimos ampliar o número de leitos de UTI de 78 para 81 e atender uma jovem gestante, de 25 anos, de oito meses de gravidez e que estava entubada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA)”, revela o diretor-geral do Complexo do Hospital do Trabalhador, Geci Labres de Souza Junior.
“É uma situação de guerra e de extrema excepcionalidade”, explicou. “E infelizmente, deve piorar porque ainda não se passaram duas semanas do Carnaval”, diz o diretor citando os casos de aglomeração registrados no período.
Souza Junior explica que, pelas normas, cada UTI precisa de um médico, um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem para cada 10 pacientes. Com a mudança, agora cada equipe pode cuidar de 12 pacientes. “ Agora temos no Complexo do Hospital do Trabalhador mais 3 leitos extraordinários”, diz e ressalta que esse ‘é o limite do limite’. “Não temos mais leitos e não temos mais profissionais para atender mais leitos”, afirma.
Segundo os dados do Sistema de Saúde, no Paraná nesta segunda-feira, 1º de março, havia 555 pessoas em fila de espera por um leito. Destes, 40% precisam de um leito de UTI. Souza Junior lembra que os 3 leitos criados já estavam ocupados e não há expectativas de liberação. “Infelizmente, temos registrado uma média de 2 a 4 mortes por dia na UTI e essa é única possibilidade de liberação de leitos no momento”, afirma.
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