Ramagem permaneceu na Lava Jato até 2018, quando assumiu um trabalho administrativo na PF. Foi só após a facada que Bolsonaro sofreu durante a corrida eleitoral, em setembro, que o delegado assumiu a coordenação da segurança da campanha.
Pedimos à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba uma posição dos procuradores a respeito das afirmações de Ramagem. Em resposta, a assessoria do Ministério Público Federal no Paraná disse que “o site prejudicou o direito de resposta ao não disponibilizar o material para análise da força-tarefa”.
Diz a nota, ainda, que “a força-tarefa Lava Jato em Curitiba não reconhece as mensagens que lhe têm sido atribuídas”. “O material é oriundo de crime cibernético e sujeito a distorções, manipulações e descontextualizações”.
As afirmações são incorretas. O contexto das conversas foi informado aos procuradores, como de hábito. O Intercept não distorce, manipula ou descontextualiza as conversas.
O delegado Alexandre Ramagem também foi procurado. Ele não fez comentários até a conclusão deste texto. Sua manifestação será incluída assim que for entregue.