terça-feira, 28 de abril de 2020

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Ações na Justiça tentam barrar posse de Ramagem na PF

Pelo menos seis ações foram protocoladas; uma delas é da deputada Tabata Amaral.


Ações na Justiça tentam barrar posse de Ramagem na PF

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Ações na Justiça tentam impedir a posse do delegado Alexandre Ramagem na diretoria-geral da Polícia Federal. Os pedidos feitos por partidos e movimentos políticos alegam "abuso de poder" e "desvio de finalidade" na escolha do novo chefe da corporação.
Nesta terça-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) oficializou, via Diário Oficial, o nome de Ramagem para o cargo de diretor-geral da instituição. 
Até as 18h às desta terça, ao menos seis ações pediam a suspensão da nomeação de Ramagem alegando que o chefe do Executivo praticou "aparelhamento particular" ao indicá-lo para a função.
A base dos pedidos é a denúncia do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que pediu demissão na última sexta-feira (24) alegando interferência do presidente da República na Polícia Federal.
Moro, que será substituído por André Mendonça, então chefe da AGU (Advocacia Geral da União), afirmou que Bolsonaro queria ter uma pessoa do contato pessoal dele no comando da PF para poder "colher informações" e "relatórios" diretamente. O ex-ministro afirmou que Bolsonaro tentava, assim, influenciar investigações em curso.
Ramagem é homem de confiança do presidente e de seus filhos. Ele se aproximou da família Bolsonaro durante a campanha de 2018, quando comandou a segurança do então candidato a presidente após o episódio da facada contra Bolsonaro.
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) é um dos seus principais fiadores e esteve diretamente à frente da decisão que o levou ao comando da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) em junho passado.No sábado (25), a Folha de S.Paulo mostrou que uma apuração comandada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), com participação de equipes da PF, tem indícios de envolvimento de Carlos em um esquema de disseminação de fake news.
Na noite de segunda (27), Bolsonaro disse não haver esquema de notícias falsas. "Meu Deus do céu. Isso é liberdade de expressão. Vocês deveriam ser os primeiros a ser contra a CPI das Fake News. O tempo todo o objetivo da CPI é me desgastar", afirmou o presidente, ao ser questionado sobre possíveis prejuízos que a troca no comando da Polícia Federal traria à investigação sobre as fake news.

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