A informação, que é importante para monitorar a propagação geográfica
do vírus e orientar projetos futuros de vacinas, está descrita em
estudo publicado nesta quinta-feira (23) na revista "Science", num dos
trabalhos científicos mais abrangentes sobre a presença do coronavírus
no Brasil publicados até agora.
Ambulância deixa paciente no hospital Getúlio Vargas, no Rio, antes da Covid-19 Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo
Ao todo, 15 instituições brasileiras participaram do projeto
conduzido pela Universidade de Oxford, que lidera o estudo do Imperial
College de Londres, além de outros centros de pesquisa estrangeiros.
USP, Unicamp e UFRJ coordenaram os sequenciamentos genéticos feitos a
partir de amostras coletadas em mais de 80 municípios em 20 estados
Uma
detalhada análise epidemiológica do trabalho cruzou dados de registros
de casos de Covid-19, mobilidade de pessoas medida por telefones
celulares e as relações entre os genomas sequenciados.
No estudo,
assinado por 81 cientistas, a mensagem é clara: a epidemia ainda está
fora de controle no país, é preciso ampliar medidas de distanciamento
social, testagem e rastreamento de contatos (esta última uma medida
nunca adotada pelo país em maior escala).
"Este estudo joga luz
sobre a transmissão epidêmica e as trajetórias evolutivas das linhagens
de Sars-CoV-2 no Brasil e fornece evidência de que as intervenções
atuais continuam insuficientes para manter a transmissão do vírus sob
controle no país", escrevem os cientistas.
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