O primeiro voluntário deve receber uma segunda dose adicional em até
quatro semanas e os demais recebem a primeira injeção nos próximos dias.
Todos serão monitorados de perto pelos pesquisadores para identificar
as primeiras reações do corpo com a vacina. Segundo a médica Katrina
Pollok, pesquisadora do departamento de doenças contagiosas do Imperial
College e diretora do estudo, a equipe agora está pronta para avaliar
resultados e possivelmente expandir os testes.
"Atingimos um marco
significativo neste estudo inovador com a primeira dose de uma vacina
de RNA auto-amplificadora entregue com segurança. É um privilégio fazer
parte deste importante trabalho e a equipe é extremamente grata pelo
entusiasmo e apoio de nossos voluntários, sem os quais a pesquisa
clínica não seria possível", declarou.
Seguindo o calendário de
testes programados para a pesquisa, nas próximas semanas outros 300
voluntários saudáveis devem receber duas doses da vacina. Se os
primeiros resultados forem positivos, indicando que a vacina é segura e
promissora quanto à resposta imunológica do corpo humano, são esperados
testes em grupos maiores no final do ano. O professor Professor Robin Shattock, do departamento de doenças
contagiosas do Imperial College e um dos líderes da pesquisa, afirmou
que o primeiro participante marca um passo importante para esta nova
plataforma da vacina de Covid-19. Baseada em RNA, esse modelo nunca
havia sido testado em humanos.
"Aguardamos ansiosamente o
recrutamento rápido de participantes para os testes, para que possamos
avaliar a segurança da vacina e sua capacidade de produzir anticorpos
neutralizantes, o que indicaria uma resposta eficaz contra o COVID-19.
Aguardo com expectativa nosso progresso nos próximos meses", avaliou.
A futura vacina do Imperial College está sendo desenvolvida e testada
após um aporte de 41 milhões de libras do governo do Reino Unido.
Outras 5 milhões de libras vieram de doações filantrópicas recebidas
pela instituição. A professora Fiona Watt, presidente executiva do
Conselho de Pesquisa Médica, que ajudou a financiar o estudo, afirmou
que o desenvolvimento da vacina está sendo surpreendentemente rápido, se
comparado ao tempo normal.
"Esse avanço é resultado do trabalho
difícil e colaborativo dos cientistas, pesquisadores e reguladores.
Esses testes em humanos contribuirão para os esforços globais para
encontrar uma vacina, que é nossa melhor esperança para prevenir a
Covid-19 e permitir que a vida volte ao normal", afirmou.
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