GOIÁS - O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) aponta o padre Robson de Oliveira Pereira, presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), de liderar um grupo criminoso que teria movimentado cerca de R$ 120 milhões de maneira suspeita.

Segundo a investigação, R$ 60 milhões teriam sido arrecadados de fiéis para a construção da nova Basílica Santuário do Divino Pai Eterno, que foram utilizados em benefício do religioso e de terceiros. De acordo com o MP-GO, os imóveis vinculados às associações também eram usados pelo padre Robson e terceiros.

Dentre os imóveis que teriam sido comprados pelo religioso com esse dinheiro está uma casa na Praia de Guarajuba, na Bahia, conforme informou o Ministério Público de Goiás.

A mansão teria sido adquirida pelo padre Robson por R$ 2 milhões. O valor foi pago à vista. O depósito foi realizado pela Associação Filhos do Pai Eterno, criada pelo religioso. O imóvel foi comprado de uma empresa chamada Sistema Alpha de Comunicação, que também está sendo investigada pelas autoridades.

A operação "Vendilhões" investiga crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, sonegação fiscal e associação criminosa. Nesta sexta-feira (21), foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em chácaras, casas e na sede da Afipe.

A Justiça bloqueou valores da Afipe até o limite de R$ 60 milhões, por meio do sequestro de bens imóveis ou bloqueios de valores em conta.